Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Mais Notícias > Balé “A morte do cisne Negro”
Início do conteúdo da página
Publicado: Quinta, 04 de Maio de 2023, 10h42 | Última atualização em Segunda, 15 de Maio de 2023, 17h08 | Acessos: 831

A história do Balé “A morte do cisne Negro”

Captura de tela 2023 05 04 104258O grupo de balé surgiu em 2014, com o intuito de realizar uma apresentação pontual no primeiro evento de premiação do Festival de Cinema Amador Abacaxi de Ouro, realizado em 29/11, no Instituto Moreira Sales, em Poços de Caldas. O objetivo era oferecer ao público um momento lúdico e divertido em meio a entrega da premiação, como é usual nesses tipos de cerimônia. Contudo, não imaginávamos que a repercussão e a aceitação do público seriam tão positivas e motivadoras para a continuação do mesmo. O grupo, composto por servidores do campus, em sua estreia apresentou um número muito bem-humorado intitulado:  “A Morte do Cisne Negro”, a dança cômica, que devido ao nome pode remeter a famosa peça de balé “O lago dos Cisnes”. Não tem nenhuma semelhança com a mesma e muito menos com a perfeição técnica, geralmente vista em apresentações de balé clássico. Pelo contrário, foi uma sátira, onde os servidores representavam bailarinos nada habilidosos que tentavam reproduzir, sem hesito, alguns movimentos conhecidos do balé clássico, arrancando gargalhadas dos espectadores que prestigiavam o espetáculo. O nome dado a apresentação acabou se tornando o nome oficial do grupo, que se apresentou nas edições seguintes do Abacaxi de Ouro, tornando-se uma das atrações mais esperadas de cada festival.

A primeira edição foi coreografada pela professora Heidi Jancer Ferreira, e apresentada por um grupo de servidores composto pela própria Heidi, Diógenes Simão Rodovalho, Eli Fernando Tabano Toledo, Flávio Freitas, Luís Roberto de Souza e Rodrigo Lício Ortolan, muitos deles  integrantes do grupo até os dias atuais. O figurino foi criado de forma improvisada pelos professores Sarah Beloti Ferreira e Márcio Bess. Dessa forma, da brincadeira de escola surgiu um grupo que se expressa artisticamente através da dança, e por meio dela oferece a arte, cultura e lazer ao seu público. 

Morte do Cisnei NegroPrimeira formação do Balé “A Morte do Cisne Negro” 2014

Devido ao sucesso de 2014, o grupo se juntou novamente em uma segunda formação para mais uma apresentação no Abacaxi de Ouro, que aconteceu no dia 09/11/2015, no placo do teatro do Centro Cultural da Urca. Dessa vez com figurinos elaborados pelo IFASHION (curso de extensão do IFSULDEMINAS - Campus Poços de Caldas que disponibiliza oficina de moda e produção de figurinos, sob o comando da designer de moda e figurinista Fernanda de Mello Castro Bacha, da costureira Dejanira Cristina dos Santos Pereira e do diretor de criação Marcio Bess). Entraram em cena vestidos de japonesas estilizadas para apresentar a coreografia “As Gueixas”, por Heidi Jancer. Fizeram parte da segunda formação do grupo os servidores Diógenes Simão Rodovalho, Eli Fernando Tabano Toledo, Guilherme Oliveira Abrão, Flávio Freitas, Rafael Felipe Coelho Neves e Rodrigo Lício Ortolan. Nesta edição, o espetáculo foi prestigiado por mais de 400 pessoas.

Balé 14
“As Gueixas”. Balé A Morte do Cisne Negro, 2015

Captura de tela 2023 05 04 103426
Imagem da plateia no teatro da URCA 2015

Não somente de grandes espetáculos vive o balé. Em 2016 foi realizado o Abacaxizinho de Ouro, um evento pequeno e restrito à comunidade escolar que se propunha a ser o pré-lançamento do Abacaxi de Ouro, que aconteceu em 2017. Anunciados por Tiago Caproni (vestido de Papai Noel), o grupo fez uma apresentação icônica no auditório do campus, com a dança “A MacaRena”, caracterizados de renas às vésperas do Natal. Os figurinos deste ano foram confeccionados pela aluna Thais de Cassia V. Silveira e a coreografia foi adaptada e ensaiada pela aluna Vanessa Cristina Furtado Fagundes. Tal fato evidencia o envolvimento dos alunos não só no Abacaxi de Ouro, mas em todos os projetos e ações realizados no campus.  Participaram da segunda formação André Gripp de Resende Chagas, Diógenes Simão Rodovalho, Eli Fernando Tabano Toledo, Guilherme Oliveira Abrão, Flávio Freitas, Luís Roberto, Rafael Felipe Coelho Neves e Vagno Emygdio Machado Dias.

Captura de tela 2023 05 04 103654
“A MacaRena”. Balé A Morte do Cisne Negro, 2016

A apresentação mais recente do grupo data do dia 18/10/2017, na 4ª edição do Abacaxi de Ouro. Naquele ano, os figurinos voltaram a ser elaborados pelo IFASHION e, sob a direção da mesma equipe de 2015, o balé fez uma homenagem a Carmem Miranda, com a dança “Tica Tica Bum”. A coreografia foi criada pela professora de dança Mônica Belchior e ensaiada por Lorena Temponi. O evento aconteceu no teatro do Espaço Cultural da Urca e foi prestigiado por mais de 400 pessoas. Participaram da segunda formação André Gripp, Diógenes Rodovalho, Guilherme Oliveira Abrão, Luís Adriano Batista, Luís Roberto de Souza, Rafael Neves, Straus Michalsky Martins e Vagno Dias.

IMG 3266
“Tica Tica Bum” Balé A Morte do Cisne Negro 2017

A história do Balé A Morte do Cisne Negro vem sendo construída junto com a história do Abacaxi de Ouro, e passou a ser um momento bastante esperado pela comunidade escolar. "O grupo de dança tem se constituído a partir da união de pessoas que fazem acontecer. Seu significado vai além do divertimento para o público, uma vez que promove a aproximação dos servidores com a comunidade escolar interna e externa, mostrando que é possível construir processos educativos não formais, que contribuem para uma formação humana. Essas ações transformam a escola em um ambiente agradável, o que impacta na permanência e êxito dos nossos educandos e na qualidade de vida dos que nela estudam e trabalham", pontua Márcio Bess. Tal fala é complementada pelo servidor Guilherme Abraão, que diz serem de suma importância essas ações, porque além fomentarem momentos de descontração, muito importantes para quebrar a rotina e promover a saúde mental, geram uma aproximação/interação espontânea por meio da arte, fortalecendo a união para outros fins, dentre eles o próprio trabalho na instituição. Enfatiza que a vivencia com a dança  lhe faz muito bem, mesmo que somente em momentos pontuais, sendo assim, recomenda a todos.

A professora Heidi, uma das coreógrafas que fez parte da história do grupo de dança, salienta que “a dança é uma forma de expressão que nos permite trabalhar não apenas com a parte física e motora, mas com as emoções das pessoas. Por meio da dança,  podemos despertar sentimentos e reflexões, tocando e criando conexões entre as pessoas”. No caso do balé A Morte do Cisne Negro, a dança vem proporcionando uma experiência lúdica e criativa por meio dos papéis representados pelos servidores. A quebra da seriedade que, muitas vezes predomina no espaço formal escolar, dá espaço para a ludicidade, a vivência do prazer, bom-humor e diversão, o que contribui para a transformação dos processos educativos. E essas experiências positivas não ocorrem apenas no dia do espetáculo, pois todo o processo de construção, preparação e ensaio da coreografia envolve os servidores nessa atmosfera do brincar com e por meio da dança. Ainda, é importante destacar que o corpo de bailarinos é formado por homens, o que possibilita o questionamento e a reconstrução de discursos que reforçam a ideia de que homem não dança. Assim, a ação torna-se um exemplo de que a dança é para todos e todas.

Um novo espetáculo está programado com uma apresentação agendada para dia 30/06/2023, no 5º Abacaxi de Ouro. Este será o retorno das atividades do balé que ficou por cinco anos parado. Uma nova coreografia começa a ser criada pela professora Heidi, que juntamente com os demais responsáveis manterão a temática em segredo para não estragar a surpresa. Segundo Márcio, as temáticas sempre são escolhidas por meio de muita pesquisa e, a partir destas, inicia-se todo um processo criativo, que muitas vezes não é percebido, mas que impacta diretamente no produto final. Esse se estende  por todas as etapas de execução da obra, subsidiando desde a concepção das ideias até a viabilidade das mesmas. Contudo, o professor enfatiza que o lúdico sempre estará presente e que todos podem sempre esperar muita irreverência, ritmo e humor nas apresentações do grupo de dança. A produção de figurinos também já foi iniciada pelos alunos do IFASHION, que vêm trabalhando no projeto desde 2022 com a proposta de entregar algo suntuoso, colorido e vibrante.

Os bons ventos, que parecem começar a soprar novamente, podem ser o prenuncio do retorno do grupo aos palcos, com apresentações mais frequentes, não restritas somente ao evento de premiação do Abacaxi de Ouro. Sendo assim, permaneceremos na expectativa de ver o grupo “A Morte do Cisne Negro” brilhando em muitos outros palcos, levando arte, cultura, motivação e muita alegria a diferentes locais e públicos.

 

Veja algumas fotos


 

IFSULDEMINAS - Campus Poços de Caldas
Texto e fotos: Laboratório VOA

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página