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Publicado: Quarta, 08 de Março de 2023, 07h00 | Última atualização em Segunda, 13 de Março de 2023, 17h42 | Acessos: 545

O que fazer do Dia Internacional da Mulher?

Por Lerice de Castro Garzoni*

Dia internacional da mulherRosas e mensagens de felicitações que exaltam supostas características femininas ou que associam um caráter heroico à mulher, justamente por equilibrar várias funções relacionadas à casa, ao trabalho e aos estudos, podem conduzir à errônea ideia de que esse é um dia para celebrar a mulher em si, com sua tendência “natural” de se desdobrar em mil para atender a demandas alheias.

Aparentemente inofensivas, essas práticas são questionáveis, pois reforçam estereótipos e validam idealizações que camuflam inúmeras formas de violência e opressão, reforçando o teor meramente comercial de um dia que, em suas origens, tinha um propósito bastante distinto.

Apesar de ter sido oficializada pela ONU na década de 1970, a escolha do 8 de março como dia das mulheres remonta, na verdade, ao início do século XX. A proposta foi fruto da mobilização de trabalhadoras socialistas no debate pela ampliação de seus direitos, tendo impactos políticos importantes como consequência.

Assim, mais do que nunca, é preciso afirmar que o 8 de março é o dia de comemorar as histórias de luta das mulheres reais, mulheres no plural. Ao longo do tempo, elas questionaram as desigualdades e, aos poucos, acumularam vitórias que abalaram estruturas e reverberam em nossas vidas até hoje. É o momento de celebrar essas conquistas e, ao mesmo tempo, estar atenta e resistir a todas as formas de retrocesso que as rondam e as ameaçam. É uma oportunidade, a cada ano, de refletir como podemos nos engajar, reconhecendo tudo o que ainda precisa ser conquistado e apoiando mulheres que se seguem lutando por respeito, reconhecimento e pela vida com dignidade. Um dia, enfim, para construir dias mais felizes para todas as mulheres!

*Texto da Profa. Dra. Lerice de Castro Garzoni, professora de História e integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Educação e Sexualidade (NEGES) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), do IFSULDEMINAS - Campus Poços de Caldas.

Publicado em 08/03/2023.

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