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Publicado: Segunda, 20 de Junho de 2022, 12h24 | Última atualização em Quinta, 04 de Agosto de 2022, 17h54 | Acessos: 876

Pesquisadora do Campus Poços e outras de quatro universidades publicam artigo sobre a ictiofauna da bacia do rio Tocantins-Araguaia


“Construindo conhecimento para salvar espécies: 20 anos de estudos ictiológicos na bacia do rio Tocantins-Araguaia”. Esse é o artigo desenvolvido pela professora Dra. Jane Piton Serra, do IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas, em parceria com outras cinco pesquisadoras de diversas universidades brasileiras. O trabalho foi publicado na revista Biota Neotropica, em seu volume 22, deste ano, com versão em inglês. O texto fala sobre a bacia do rio Tocantins-Araguaia, considerada a maior bacia localizada completamente no território brasileiro. O elevado nível de espécies de peixes que ocorrem exclusivamente em determinada região (endemismo) foi atestado em vários estudos, com o alto rio Tocantins possuindo o maior número absoluto de táxons endêmicos da bacia Amazônica. O resumo do artigo destaca ainda “que traz uma acurada revisão sobre o conhecimento da ictiofauna da bacia do rio Tocantins-Araguaia entre 2000-2020; uma extensa lista das espécies válidas de peixes ocorrentes na bacia, assim como uma discussão sobre as maiores ameaças para sua ictiofauna”. IMG 20220616 WA0014

Conforme explica a pesquisadora Jane Piton, “dados sobre a diversidade da ictiofauna foram refinados por meio de buscas na internet. O mapeamento das áreas protegidas e das hidrelétricas foi realizado utilizando os arquivos de área ou coordenadas fornecidas pelas agências governamentais responsáveis”.

O resumo detalha que 751 espécies de peixes são atualmente conhecidas na área estudada. “Um aumento considerável no conhecimento sobre a diversidade de peixes ocorreu nos últimos 20 anos em paralelo com significativas alterações antrópicas na bacia e seu entorno. As represas ao longo da bacia são consideradas a maior ameaça à ictiofauna. Embora a região hidrográfica abrigue diversas unidades de conservação e terras indígenas, estas não têm sido suficientes para garantir a preservação das espécies de peixes. Nossa compilação enfatiza que o alto rio Tocantins precisa ser considerado como área prioritária para a conservação das espécies de peixes. Algumas ações mitigatórias, que podem atingir resultados satisfatórios em relação à conservação da ictiofauna, são também propostas”.

IMG 20220616 WA0013De forma conjunta, as autoras enfatizam que "muito mais que falar sobre a fauna do Tocantins-Araguaia, queremos, com este paper, falar pro mundo e, especialmente, para as meninas e mulheres que querem ou fazem ciência: por mais clichê que pareça, a gente nunca pode esquecer que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive fazendo Ciência. E quando o mundo ficar complicado, quando tudo em sua volta (o sistema, o governo, seus/suas colegas de trabalho) tentar te dizer o contrário e você se sentir sozinha demais para seguir em frente, olhe pro lado e se apoie em outra mulher, certamente, haverá uma(s) para segurar tua mão e dizer: 'vem, vem porque, juntas, somos mais fortes!'".

As demais autoras são: Profa. Dra. Carine Chamon (UFT), Profa. Dra. Manoela Marinho (UFPB), Profa. Dra. Ilana Fichberg (UNIFESP), Profa. Dra. Angela Zanata (UFBA) e Profa. Dra. Priscila Camelier (UFBA).

Leia o artigo na íntegra.


ASCOM - Poços de Caldas
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Publicado em 20/06/2022.

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